ADAUTO GUERRA FILHO nasceu no dia 03 de outubro de 1945 na residência de seus pais. A referida residência ficava na Estação Experimental do Seridó, Município de Cruzêta onde seu pai trabalhava como mecânico de oficina.  Filho de Adauto Aurélio de Britto Guerra  e Eunice Vale. Neto de Theothônio Leopoldino de Brito Guerra e de Izabel Generina Vale. Theothônio nasceu em 18 de fevereiro de 1853 na Fazenda São Pedro - Acari/RN e faleceu no ano de 1932 em Caicó/RN. 

O professor Adauto é esposo de Maria de Lourdes Asevedo Guerra. O feliz casal tem  filhos e netos. Ela é natural de São José do Seridó, cidade esta que foi, inclusive, historicizada pelo excelso escritor. Pela linha paterna Adauto Guerra é trineto do Senador Francisco de Brito Guerra (1777-1845). O senador era conhecido na região como o padre Guerra que era filho Ana Filgueira de Jesus e de Manuel da Anunciação Lira. 

Aqui listamos alguns dos  sobrinhos do padre Guerra: o padre Manuel José Fernandes, Manuel Lúcio de Brito Guerra (ambos deputados provinciais) e o Barão do Açu - Luís Gonzaga de Brito Guerra, bacharel em Direito que chegou a ser ministro do Supremo Tribunal de Justiça. 

Também é descendente de João Maria Gonçalves Valle e de Maria Joaquina de Aguiar. Ele  chegou na região em 1835, lisboeta de nascimento. São os pais de Inácio Gonçalves Vale. Este por sua vez foi casado com Isabel Maria da Conceição de Jardim do Seridó da família Brito.


Fez seus estudos preliminares em Cruzêta. Fez o  Ginasial em Caicó.  Fez o Colegial em Natal. No ano de 1971 conseguiu graduasse em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Rio Grande Norte.  Em 1981 voltou aos bancos da Universidade fazendo o curso de Pedagogia, novamente em Natal. Em 2006 fez o Curso de Teologia Pastoral no ICES - Instituto Cardeal Eugênio Sales, em Caicó. 

Iniciou sua carreira no Magistério em 1968, no Ginásio Nossa Senhora das Graças, pertencente a Companhia Nacional de Educandário de Comunidade - CNEC, no Bairro Santos Reis, em Natal e ao longo de quase 30 anos ensinou seis disciplinas no 1° grau, dez no 2° e duas no 3°. Foi professor no consagrado Centro Educacional José Augusto - CEJA que fica em Caicó. 


Lecionou ainda no Colégio Diocesano Seridoense e no Instituto Cardeal Eugênio Sales, atuando com esmero e dedicação.

    Numa atitude de quem garimpa, pesquisa e escreve com assiduidade sobre fatos históricos, sobretudo da região Seridó. O insigne pesquisador e professor  seridoense  lançou dezenas de livros, dentre os quais  destacamos "O SERIDÓ NA MEMÓRIA DE SEU POVO". 


O livro traz a seguinte temática: o Seridó segundo Dr. José Augusto; colonização do Seridó; assim se fez o Seridó; banditismo no Seridó; por que agredir os mortos?; o governo de Mário Câmara; o caso Chico Pereira; Washington Luís no Seridó; Francisco Raymundo de Araújo - um sábio empírico; memórias de um capitão; os amigos escrevem e; 'Coluna Prestes' que desviou sumariamente do Seridó por prever sua ruína e fracasso diante da força do governador Juvenal Lamartine. Além de abordar com zelo e dedicação o assunto envolto à questão de Octávio Lamartine ocorrida em 1935 pelos desdobramentos da ditatura Vargas. 


Nesse contexto,  o sertanista Oswaldo Lamartine  afirmou ao 
renomado historiador Anderson Tavares que  Adauto Guerra foi quem melhor escreveu sobre seu irmão Octávio, até a data hodierna.  

Lembrando que o neto do mártir, o engenheiro civil, empresário, construtor e proprietário da rádio Mar e Campo, cujo  nome é homenagem ao próprio avô 'OCTÁVIO LAMARTINE', ressuscita das gavetas dos móveis da família documentos que poderão elucidar algumas indagações perpetuadas ao longo do tempo. A frente dessa sublime missão destacamos o historiador Anderson Tavares de Lyra que de há muito já pesquisa e estuda sobre OCTÁVIO e os fatos a ele inerentes desde a década de noventa.   Ou seja, por volta de cinquenta anos depois dos acontecimentos.

   Outra obra de destaque é "MONSENHOR WALFREDO DANTAS GURGEL", em memória deste personagem histórico que, como define o autor, "marcou sua presença em todo o estado", especialmente no Seridó, "e que deixou na nossa história memórias inapagáveis".   Monsenhor Walfredo é um exemplo de vida, dignidade e respeitabilidade, que conseguiu unir todas essas qualidades inerentes aos grandes homens.  


No campo político, Walfredo Gurgel (1908/1971) foi eleito vice-governador do Rio Grande do Norte na chapa de Aluizio Alves, em 1960, cargo ao qual renunciou após ser eleito senador em 1962. Já em 1963 venceu a disputa pelo governo potiguar, última disputa pelo voto direto até 1982. "A grande importância do livro é levar as pessoas a se espelharem nele. Monsenhor foi ícone em áreas como sacerdote, político, poeta e educador. Por isso, é importante conhecê-lo", pontuou o pesquisador e escritor Adauto Guerra. 

       Não se deve olvidar que o escritor Adauto Guerra tem espaço em jornais, revistas, blogs, sites, bastante presente nas emissoras de TV e rádios desde a década de '70', denotando um verdadeiro 'legado literário'. Considerando, entrementes, a publicação dos livros retromencionados, urge condecorar outros volumes tais  como: 'Esboço Biográfico do Padre Everaldo', 'Padre Aristides de Piancó - Do Sacerdócio ao Martírio', 'Joaquim Apolinar Pereira de Brito', 'Legado Literário', 'A História da Família Brito Guerra', 'Caicó e Sua História no Tempo', 'Padre Francisco Justino Pereira de Brito', Caléndário Histórico Potyguar e Seridoense'. 


Quem o acompanha pelos programas de rádio há de remeter-se ao seu jeito manso e cadenciado de falar; quem conhece seu trabalho cristão há de sentir a influência religiosa na escolha de alguns temas e personagens; quem lhe é mais próximo há de lembrar que ele tem gravado no juízo praticamente tudo aquilo que está impresso no papel”, destaca Fabrício Vale, filho do autor. 

    Adauto Guerra foi agraciado, dentre outras comendas, com a medalha Filhas da Acácia. Indubitavelmente, é um grande patrimônio vivo do nosso país.

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